No Brasil, há quase 7 anos!

Há tanto tempo não escrevo aqui! Recebi um comentário, imaginem só, na postagem sobre as couves. Vim responder e rever o blog. Não resisti à tentação de fazer uma postagem.

Olhem, escrever sempre me fez um bem danado. Só que eu estava chorosa demais, muita lamentação, não estava me aguentando. Até tentei escrever em outro blog, pra ver se achava o tom de novo. Não achei. Então resolvi parar de vez. Acho que foi antes de saber que voltaríamos a morar no Brasil.

É claro que aconteceram zilhões de coisas. Pra começar eu  não queria volta ao Brasil. Foi muito difícil voltar, principalmente por esta resistência interna minha. E, como agora eu aprendi, com a experiência, quanto mais a gente resiste, mais difícil é.  Em tudo na vida. 

Se você ainda não sabe disto, anote: não resista aos acontecimentos da vida. Acolha.

Eu não queria voltar, por motivos muito pessoais, mas não poderia ter acontecido nada melhor pra mim. E hoje adoro morar no Brasil. 

Foram anos ricos de acontecimentos e aprendizados. E os aprendizados não acabarão nunca, claro. 

A vida é bela e exatamente pelos desafios. E é Uma grande alegria de escrever de novo aqui. Sem planos, que improviso eu sempre gostei. E alegria eu sempre vou comemorar. 

 

 

Uma flor, com o céu ao fundo.
Tarde linda e quente. Muito silêncio e foco na transparência ao fotografar.

Inverno.

16.02.2006

Kategorie: Conversa diretarosangelae @ 11:52 Bearbeiten

Longo. Interminável.

Achei que este ano/inverno ia escapar. Mas tá difícil. Estou tentando não me levar muito a sério, juro. Estou tentando…

Sinto falta de sol, de calor e o corpo arranja toda sorte de sintomas para me dizer isto bem claro. Custei a entender. Talvez não tenha levado corpo e suas falas muito a sério. E estiquei a corda demais, como bem citou meu irmão em um comentário do post anterior.

Não precisa dizer nada. Eu volto.

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Marimbondo de bunda amarela

Segunda a Wikipedia o marimbondo-de-bunda-amarela, Protonectarina sylveirae é uma espécie brasileira de vespa social, que possui pequeno tamanho, que apresenta a parte terminal do abdome amarela. Também chamado por outros nomes bem maléficos. Parece que procede, dizem que a picada deste inseto é muito dolorosa e provoca uma reação alérgica bem forte. Segundo este artigo:

“SELETIVIDADE DE INSETICIDAS AProtonectarina sylveirae (SAUSSURE)(HYMENOPTERA: VESPIDAE), PREDADOR DO BICHO-MINEIRO DOCAFEEIRO. Leandro BACCI; Marcelo PICANÇO; Altair Arlindo SEMEÃO; Ézio M. da SILVA; Lessando Moreira GONTIJO.”

esta é uma vespa muito útil para o controle de pragas nos cafezais. Fiquei até com pena, mas aqui em casa, na nossa área de lazer, ela não tem nenhuma utilidade.

Não achei fotos dele na internet. As que consegui fazer não ficaram grande coisa, mas deixo aqui assim mesmo.

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Abraço apertado.

Um carrossel: é como está nossa vida nos últimos dois anos.  E um exercício enorme, gigantesco de desapego. Um dia você está aqui, no outro vai embora. Mais ainda: não temos data certa para nada. Tudo, mas tudo mesmo, está em aberto. Haja adrenalina!

Desde o começo do ano o stresse e as surpresas por aqui estão tão frequentes,  que eu, que não posso fazer muito pela situação, institui o abraço de 30 segundos. Bem apertado. E o melhor, o Reiner concorda. Antes dele sair de casa a gente se abraça longamente, bem apertado. A gente até se pega suspirando fundo. Dá uma revigorada sem preço. Embora ele não comente nada, sempre vem para o abraço sem reclamar. Para mim, posso atestar, faz um bem danado.

Posso recomendar.

Que nem alemão .

Ontem estava em uma sala de espera quando entra uma mulher acompanhada do filho. Tá cada vez mais difícil de avaliar a idade das crianças, mas acredito que aquele deve ter seus 5, 6 anos.  Não era muito educado. Deitou no sofá, mal deixou espaço pra mãe se sentar ao lado dele. De repente ele olha para os meus pés, aponta e pergunta pra mãe: o que é isto, mãe? Eu respondi: meia. Eu estava usando meias com uma sandália aberta e ele não entendeu. Achei bem divertido.

Apesar do calor, estou com uma pequena rachadura no canto do pé, aí o uso da meia. Tá, não precisava ser com sandália, mas…

Típico alemão.

 

 

Exercício de cidadania, parte 2.

A reunião foi tranquila. Terminou que viemos aqui para casa com o dono do terreno ao lado e seu arquiteto. Entendemos como as coisas vão ser, ficamos tranquilos. Pronto. Pode até ser que eles construam um pouco diferente dos padrões do condomínio, mas se eles tiverem a liberação da prefeitura – instância superior, não teremos muito o que fazer contra.  Mas acho que não será muito ruim assim.  Agora a gente sabe o que eles querem fazer.

Continuo torcendo para não dar nenhuma chuva forte antes de eles terminarem o serviço de terraplenagem e ele vão gramar as laterais, o que vai impedir que a terra corra pro nosso lado. A montanha? Vai ser usada atrás do muro de arrimo, que é o que eles estão construindo com toda urgência.

Enquanto isto eu olho para esta montanha e penso: quando não se vai à montanha, a montanha vem até nós. O que será que tenho de aprender com esta montanha?

Que foi um bom exercício de cidadania, isto foi.

Lote E12 divisa com E13 a-001

A seta mostra a altura a que o terreno do vizinho foi alterado. Antes era da altura da base da nossa sebe.

Exercício de cidadania.

Neste calor de rachar taquara, secura de dar tristeza, pego-me desejando ardentemente que não chova. Não chova, não chova, não chova. Não agora.

Os nossos vizinhos estão fazendo uma terraplanagem no terreno deles, bem ao lado do nosso e elevaram o nível  em mais de um metro em alguns locais. Será que vão fazer muro de arrimo? – nos perguntávamos, entre outras coisas. Queríamos conversar pessoalmente aqui em casa e falar sobre o assunto. Liguei pra eles ontem e mostraram-se tudo menos receptivos.  Ela foi categórica: “não, não vamos encontrar vocês. Mas qual o seu problema afinal?” perguntou ela, assim mesmo, neste tom.  Nem sei como a conversa se alongou, já que ela estava, eles estavam decididos a não conversar comigo. Eu tentando explicar meu ponto de vista e ela reafirmando vezes sem conta que não tinha que conversar comigo, sem paciência nenhuma de tentar de fato entender a nossa preocupação. O marido pegou o aparelho e foi um pouquinho mais ponderado, deixando entretanto claro em mais de um momento: “Nós não temos nada pra conversar com a senhora. O que temos de conversar, já conversamos diretamente com a diretoria do condomínio e eles não tem nada a reclamar.”

Pois bem. Desliguei o aparelho e fui atrás do regulamento do condomínio. Até então tinha me fiado nas informações que me foram dadas por uma moça da administração, mas pra escrever pro condomínio eu tinha de saber colocar as questões propriamente. E sabe o mais interessante? Foi ótimo eles terem me tratado com tão pouco caso. Eu fui atrás de me informar de verdade e descobri que eu podia sim, solicitar esclarecimentos sobre a situação. Se eles tivessem vindo conversar conosco, íamos aceitar qualquer explicaçãozinha e eles iam acabar fazendo o que bem entendessem e nós ficaríamos repetindo a ladainha – eles tinham todo o direito de fazer isto, eles não tem de me dar satisfação. Já que eles não quiseram falar conosco, vamos nos dirigir à associação solicitando esclarecimentos sobre responsabilidade caso toda aquela terra deslize para o nosso lado na primeira chuva, causando um estrago fenomenal. Aproveitei e citei todas as questões que eles já tinham deixado claro que vão/iriam infringir o regulamento ao construir a casa deles.

Recuo lateral de 3m metros – eles mencionaram que iam só deixar dois.

A construção pode ter no máximo  9m acima do nível original médio em terrenos de aclive (que é o caso).  – Ela mencionou que a casa iria ter 3 andares e ela não estava nem considerando este nível médio.

Sem contar a questão da responsabilidade caso a terra viesse para o nosso terreno – ele me disse que não  tinha como prever isto, que não podia se responsabilizar.

Eles não apresentaram ainda um projeto de construção da casa – que precisa ser aprovado pelo condomínio.

Enfim. Eles nos fizeram um favor.  Descrevi toda a situação, coloquei nossas questões, ilustrei com fotos e solicitei uma posicionamento por escrito do condomínio. Pronto.  O Reiner chegou, discutimos os detalhes, fizemos algumas modificações e enviei ontem mesmo por email pro condomínio. Arquivo PDF.

Hoje já me ligaram da administração querendo marcar uma reunião no sábado na sala de reunião do condomínio. Vamos, já estávamos decididos a ir lá conversar com a diretoria que se reúne sempre aos sábados de manhã.  Se os donos do terreno do lado vão aparecer, eu não sei. E isto não nos interessa muito. Só sabemos que agora nos nos contentamos mais com uma explicaçãozinha qualquer.

Só pra ilustrar: Como estava o terreno em 03.11.2012. O Reiner foi lá tentar pegar algumas rãs, para remanejá-las para fora do condomínio e diminuir a nossa sinfonia noturna. Observe-se que se pode ver o arame do alambrado da nossa cerca viva e altura do muro do terreno adjacente do outro lado. Eles encheram este nível do terreno até a altura do cotovelo do Reiner com terra.

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Visita

A cachorrinha do vizinho vem me visitar quando foge. Antes conseguia com frequência. Aí ele fechou o buraco na cerca e ela nunca mais tinha aparecido. Hoje veio de novo. Senta-se debaixo da mesa e fica me olhando de longe. Linda. Dei água, fiz carinho, mas não deixo ela entrar dentro de casa com estas patinhas sujas. Já soube, nem sei mais o nome dela. Tão linda com esta carinha carente, toda sujinha, se coçando toda, sem parar. Corta o coração mas eu deixo ela ir embora. Lilica.

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Ela fura um tunel.

Bem no topo da escada que leva ao quintal, ela fura um túnel.  Para que coisa poderia servir aquela escavação ? Faz bem a ela, gasta as unhas. Entretanto, suspeito que o tédio seja 0 principal motivo de tanto escavar. Não tenho dado muito atenção a ela. Os nossos passeios diários, com este calor, foram simplesmente cancelados.

As pessoas deveriam mesmo pensar duas, não, muitas vezes, antes de adotar um animalzinho de estimação.  Cachorro, por exemplo, quer ganhar carinho, passear todo dia, de preferência duas vezes ao dia. Sem contar o óbvio: higiene, alimentação, água.  Aqui em casa é uma briga cerrada. Eu sou a favor de só dar ração a ela. O Reiner gosta de oferecer as coisas gostosas, que ele sabe,  ela vai adorar do que sobra do prato dele.  Hoje eu fui lá comprar ração pra ela.  Um rapaz me orientou muito bem em qual a ração deveria levar, já que eu gosto de variar – claro que tentando agradar a bichinha.  E os alimentos humanos? Proibidos. Como eu já sabia. Trouxe algumas outras coisas gostosas para misturar à ração dela e torná-la mais atraente. E uma recomendação:  dar água gelada. Com este calor, seria necessário. Gelo eu já dou e ela gosta

Quanto ao túnel, eu tento fazê-la entender, que cavar um passagem para a China não é uma boa ideia.  Lá ela poderia virar comida de gente. Quando aponto o buraco ela me olha de volta, encabulada.  Mas não dá à mínima para o meu conselho. Oh vidinha entediante, com estes humanos sem graça. O máximo que ela ganha é um ou dois cafunés por dia. Colo? Nunca. Ela é muito grande pra ganhar colo.

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O que me encanta nela.

Uma coisa que me encanta nesta minha florzinha linda, dócil e companheira, é que ela come frutas. Eu nem imaginava que cachorros comem frutas. Isto não foi a única coisa que aprendi sobre cachorros com esta minha florzinha querida. DSC04618

Neste caso, fica bem claro que ela não gostou da romã. DSC04619

Mas ela experimenta tudo.

 

Lendo blogs

Desde que voltei a escrever aqui eu peguei o costume de dar uma olhada em conteúdo novo de outros blogs aqui do WordPress. Tem uma opção na área principal: Freshly Pressed

Tenho lido coisas bem interessante, todos em inglês:

O Eunuco

As Testemunhas de Jeová  – Eu deixei duas pessoas dos Testemunhas de Jeová entrar em casa pra falar comigo uma vez. Mas o meu encontro não foi, nem de longe, tão interessante quanto este narrado neste post.

Pain-Envy and other affliction of the Fauxletariat.

Cervejaria

Uma das poucas coisas que tem pra fazer aqui no interior. A cervejaria artesanal da cidade.

Adoramos. Todos os sábados, ou quase todos, estamos lá. Está cada vez mais difícil de conseguir mesa. O jeito é arranjar um lugarzinho debaixo das árvores.

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Pimenta

Aqui eu tenho uma horta e cultivo a mesma pimenta que cultivava na Alemanha. Trouxe sementes das que plantava lá. Não sei o nome, mas é de longe a minha preferida. Já fiz uma coleta este ano.

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Kiara

DSC04377Assim se passaram três anos e meio desde que abandonei o Iliquido. Parece muito mais. Sinto-me enferrujada.

Tentei escrever por aí, mas não vingou. Não, eu não prefiro o Facebook. Eu prefiro a meia anonimidade que o blog me dá. Muitos me conhecem, sabem quem sou, mas ainda assim tem ainda um tico de anonimidade.

A verdade que eu me assustei com a visibilidade na mídia que, de repente, o blog ganhava. O número de visitas se assustou. Eu sou do signo chinês do porco, gente. Eu gosto de observar, mas não gosto de ser observada muito de perto. Por isto também, encaro o Face como um portal pra troca de interesses. O que eu vi por aí. Um pouquinho do que li na rede. Isto é o que mais publico por lá.

E no iliquido? Bem, eu falava de mim. Quem se interessa? Era a pergunta que sempre fazia. E eu, na verdade,  falava bem pouco de mim.  Quem me conhece pessoalmente sabe que eu não mencionava muitos detalhes da minha vida pessoal. No entanto, aparecia muito de mim através do que escrevia, das fotos que publicava. Muito do meu mundo interior. Confesso que não falei muito dos meus defeitos. Quem é que se enxerga tão perfeitamente a ponto de fazer um retrato fiel de si mesmo?

Parece que alguns vínculos que fazemos permanecem. Assim é na vida, assim é também por aqui. Por isto estou tentada de novo a voltar a escrever por aqui. sinto muito falta deste espaço. Sempre senti.  :)

Neste meio tempo mudei-me de volta pro Brasil e tenho uma cachorra: Kiara.

Por hoje é só.

Plumpsklo

O inverno está dando as caras de novo e hoje colhemos os últimos legumes do jardim. Trabalhamos muito lá este ano. Fizemos uma nova casinha para ferramentas e desmontamos a antiga.

Na casinha antiga ficava nossa “casinha”, toda colorida. A casinha nova recebeu uma “casinha” nova também. Menos colorida mas um pouco mais espaçosa.  Na foto abaixo as duas casinhas.

Ainda vou voltar a escrever, por aqui ou por aí…

Plumpsklo

“Casinha”, ou fossa no jardim.

Plumpsklo

Pensei em abandonar o blog sem nenhuma palavra. Não posso. Achei que ia escrever para sempre por aqui, mas resolvi parar. Acontece. Este é o fim do ilíquido. Pode ser que eu continue a escrever, mas muitos motivos afastam-me daqui. Um deles é o fato de que fica tão complicado atualizar o blog quando estou viajando – e vamos viajar bastante de agora em diante. Bobagem, as viagens não serão tão frequentes assim. Não precisam fazer conjecturas, eu estou bem. E se alguém quiser entrar em contato comigo, fique à vontade.

O texto em laranja não vaz parte da minha postagem inicial.

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“What we speake becomes the house we live in”

Indo

Com um tempinho deste aqui:

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Eu fico cada vez mais contente de estar indo pra Terrinha!

Volto no ano que vem. Não sei como vão estar as conexões pelos lugares que vamos estar então pode ser que fique sumida por um tempo. Se der apareço por aqui.

Abraços a todos!!!

Fiquei mais velha ontem!

O Reiner tirou o dia para ficar comigo. E o meu desejo foi bater pernas nos mercados de natal. No final só deu tempo para percorrer devagar o mercado de natal de Stuttgart, mas foi muito gostoso.

Deixo algumas fotinhas do Mercado de natal de Stuttgart. Para ver mais fotos do Mercado de Natal de Stuttgart, é só clicar aqui.

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Seis arvorezinhas de pano

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Como não vamos estar aqui no natal e hoje encontro com algumas amigas pela última vez antes de viajar, queria dar-lhes uma pequena lembrancinha de Natal, como eu costumo ganhar delas todos os anos. Sempre ficava com cara de tacho porque nunca me lembrava de levar nada pra elas. Desta vez eu me lembrei. E como este ano eu comecei a brincar com panos, agulhas e máquina de costurar, assim que vi este tutorial achei que esta seria uma lembrancinha perfeita. Eu as fiz ontem.

As minhas arvorezinhas ficaram um pouco mais baixinhas, pois usei uma costura mais rasa. Além disso, resolvi buscar entre os muitos botões que eu tenho alguns para colocar no topo das arvorezinhas. Elas são mesmo -zinhas. Do tamanho do meu punho fechado.

E para saudar as minhas arvorezinhas, hoje voltou a nevar.

Se você gosta de costurar, experimente. O tutorial você acha aqui.